sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Bon Jovi e eu.

                Eu sei. Torcida do Flamengo vai dizer que estava demorando para falar nisso. Mas não importa, eu não poderia deixar de contar sobre a minha paixão pelo Bon Jovi. Quem me conhece sabe que seria quase impossível não falar nisto.
                Estes dias em especial tive a gostosa lembrança do melhor show que assisti em minha vida e de uma viagem maravilhosa ao Rio. Momento este dividido com minha mana carioca (como nos chamamos até hoje): Suzana Allen. Amiga querida que fiz graças à internet e o amor pela banda, em particular. Todas as redes sociais possíveis, estamos juntas.
                Quando penso que já sou fã há 20 anos não há sentimento algum de “se sentir velha”. Pelo o contrário. Sinto-me privilegiada de ter vivenciado coisas boas que hoje em dia não vejo nada comparado.
                Recordo de uma tarde ir, como de costume, ir à casa de minha avó e lá estava minha prima com o disco “Cross Road” e falando da banda. No que eu disse quando ouvi o nome que me soou beeeeeem diferente: “quem é esse tal de ‘Bom Jovem’,hein?”. Só ouvi uma gargalhada da minha pergunta, por motivos óbvios, né. Minha prima Michely sempre foi referência sobre filmes e música para mim. Lembro dela levar os primos mais novos ao cinema e isso fez toda a diferença para mim.

                Daí por diante, depois ouvir “Always”(com o Tico Torres e a inconfundível batida de bateria que inicia a canção) tocando adoidado nas rádios, novela e ver aquela caritcha do lindo e loiro Jon estampando capas de revistas top dos anos 90, como Carícia, Querida e Capricho, não foi difícil se apaixonar e querer casar-se com o líder da banda.

                Naquela época, era bem difícil encontrar material de algo que a gente curtia. O troca-troca na escola era a maneira mais comum de se conseguir algo. Não era como hoje que basta acessar a internet que você vê até o que não quer. Ter um cd, então... Valia ouro!!!! Só me sobrava gravar as fitas, pois era só isso que estava ao meu alcance. Assim, fui trilhando minha bonjovimania.
                A banda deu um tempo e voltou nos anos 2000. Minha prima tinha o cd que haviam lançado o  “Crush” que me emprestou e fiquei tanto tempo ouvindo que ela resolveu me dar. Com o melhor acesso à internet, tive maior ingresso a tudo que não soube e acompanhá-los de vez. Quando comecei a trabalhar, fui comprando um a um dos cds e dvds possíveis. Atualmente falo, com total orgulho, que tenho todos, de 1983 até hoje. Sem falar de uma tradicional pasta com pôsteres, letras de música e fotos de revista que não poderia faltar, é claro.
                Mas nada se compara aos 2 shows que fui em 2010 com a Suzy ao “ The Circle Tour”. Um sonho realizado. Tenho o áudio do show de Sampa que foi inesquecível. Lembro da gente viajando cedo para SP, pegando ônibus, metrô, carro e correr até chegar ao Morumbi, ver aquelas pessoas todas entrando no estádio, resgatando meu ingresso, entrar, aguardar o show até que... As luzes se apagaram e o palco começando a se iluminar. É meio cafona o que vou dizer, mas foi mágico!!! Como fiquei emocionada. Suzy e eu parecíamos duas crianças curtindo tudo. Gritamos, pulamos, cantamos, choramos, clicamos tudo que foi possível. Foi lindo mesmo. Até dormir na rodoviária até esperar o 1º ônibus partir pro Rio. Show no RJ foi massa também, deu para ficar mais perto um pouquinho do palco e aproveitar de maneira diferente a noite com as amigas.




                Aquele ano não havia sido o melhor da minha vida por motivos pessoais, mas aquele momento marcou muito e serviu para que sarasse certas coisas vividas. Vivi imensamente isso tudo, me permiti estar vendo, enfim, a minha banda favorita e completa. Sem falar na viagem, conhecer a Cidade Maravilhosa não teve preço.
                Bon Jovi trouxe para minha vida muito mais que suas canções marcantes que preencheram meus dias de adolescente e depois também. Se estava triste ouvia, se estava feliz também -  e bem alto. O melhor de tudo foram os amigos que fiz ou, como sempre digo, que o BJ me deu, especialmente: Suzana, Roberta, Luciano, Tatiany, Mirelly, Leticia, Carol, Marcia, Margareth. Entre outros com quem tenho um bom contato.

                So, it’s my life.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Dez anos de graduação

                      Lembrei-me, dia desses, que completei 10 anos de formada. E como o tempo voa...
                Ainda lembro do dia do resultado do Vestibular, dos familiares comemorando comigo e da emoção toda do momento. E de ingressar, de fato, na universidade. Do primeiro dia de aula, da semana do calouro, do nervosismo dos primeiros trabalhos para apresentar e do estranhamento que foi todo esse início.
                Recordo de olhar pros lados e não ter simplesmente ninguém conhecido no campus todo da UNAMA. Chegava a ser torturante ter que ficar na sua por tantos dias assim. Muitas colegas já tinham seus grupos, pois já se conheciam do Ensino Médio ou de outras formas. Tentava puxar conversa com algumas pessoas, mas a famosa ideia de que os melhores amigos se fazem nessa época era, para mim, algo bem longe de acontecer...
                Além do mais, eu era super tímida (ainda hoje sou, mas bem menos) o que não facilitava para quebrar gelo com as pessoas, ficava observando os colegas e não conseguia criar algum vínculo ou afinidade com alguém. Passei uns dias meio tristinha sobre isso, mas aguardei por dias melhores e fui focando nos estudos.
                A disciplina de Produção de texto dividiu a turma em duas e nesse momento deu para conhecer e aproximar melhor dos colegas. Quando conheci três pessoas, em especial na sala: a simpática Giselle, a afável Ruth e uma menina de jeito e nome singular: Blunilde ou, simplesmente, Blu.
                Ruth conheci me oferecendo um picolé assim na entrada do campus numa tarde acalorada. Giselle conheci trocando ideia ao longo das aulas... Mas a Blu... Tinha que ser diferente mesmo... Eis que nesse dia não houvera aula, tinha chovido também, todos nós descíamos a escada, já que a sala ficava no último andar do afastado bloco F, quando eu vi uma pessoa esbaforida que corria para não chegar mais atrasada ainda. Vi que todos passaram por ela, mas ninguém falara nada ela, acho que por não reconhecer que ela era colega nossa.
                Resolvi dizer que a turma estava dispensada ao que ela ficou com aquela cara de “égua, todo esse esforço para nada!”. Fomos conversando na saída e descobrimos que morávamos no mesmo bairro e bem perto uma da outra. Sem falar que descobrimos também que nossas famílias se conheciam há anos. Daí por diante estava selada uma adorável amizade que já tem 13 anos. Confirmando-se assim que grandes amizades se fazem, sim, na universidade.
                Como aqueles quatro anos passaram rápido. Eu vivia falando que não via a hora de me formar, contudo hoje sinto uma saudade danada dessa época que tão importante foi na minha vida em muitos aspectos. Principalmente porque me amadureceu para muitas coisas. Creio que não só a mim. Os trabalhos acadêmicos, cada seminário, as horas na biblioteca, as reuniões com os grupos para construções dos trabalhos. Alguns conflitos também, mas nada que matasse algum ser humano, creio eu, ao contrário.
                Saudades das tapioquinhas maravilhosas que D. Edi fazia e que a gente, geralmente, às sextas, se acabava. Entre outras happy hour que fazíamos.
                Nossa turma tinha cerca de sessenta alunos e terminou com metade disso. Os sobreviventes desse período.
                É incrível ver que já temos dez anos de formados. Muitos de nós só têm contato via rede social, porém é muito prazeroso olhar para trás e ver que estivemos na vida um do outro, jovens correndo atrás de uma conquista, uma formação. Mas que encontraram muito mais que isto ao longo destes quatro anos de curso de Pedagogia.






                Parabéns para nós!!!

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Longe de casa há mais de uma semana.



                    Parece que foi ontem, mas estou completando um ano que moro em Salvador – BA.
                Que rápido pensariam muitos, mas para quem está do lado de cá, o tempo passa de um jeito diferente. Lembro da decisão de vir para cá, toda a organização, despedidas, viagem, chegada, momento de deslumbre com a nova cidade, confrontação de culturas, adaptação... E comparações. De tudo, com tudo, para tudo.
                Há um ano atrás, a vida do jeito que eu conhecia mudou completamente. Já morei fora da cidade e completamente sozinha. Foi uma experiência única e importante. Verdade. Mas era no mesmo estado. E, algumas horas de viagem depois, estava eu na companhia da minha família.
                Agora é diferente. Não tenho mais a solidão como companhia, graças a Deus. Meu contexto é outro. E a “lonjura” deixa um vazio maior em alguns dias mais que outros. Deixar a vida como você conhecia (e achava que era) para reiniciá-la numa terra nova não é a coisa mais simples de se fazer. É realmente desafiador. Você pensa até que conhecia bem seus limites, mas não. Balela. O novo te mostra que podes ir além.
                Saudade de casa e de tudo que pertencia ao seu mundo passa a ser uma companhia constante. Dizer que você valoriza melhor tudo que tinha é chover no molhado. Vai mais adiante do que pode supor a nossa vã filosofia. É interessante, pois quando você se afasta de seu núcleo, certos fatos mudam de perspectiva, de uma forma que você jamais esperaria e nem mudaria se não tivesse saído da sua zona de conforto.

                Daí se descobre a quem compete sua essência, suas raízes e origens. Porque fala mais alto e lá no fundo este seu real pertencimento.