Parece
que foi ontem, mas estou completando um ano que moro em Salvador – BA.
Que
rápido pensariam muitos, mas para quem está do lado de cá, o tempo passa de um
jeito diferente. Lembro da decisão de vir para cá, toda a organização, despedidas,
viagem, chegada, momento de deslumbre com a nova cidade, confrontação de
culturas, adaptação... E comparações. De tudo, com tudo, para tudo.
Há
um ano atrás, a vida do jeito que eu conhecia mudou completamente. Já morei
fora da cidade e completamente sozinha. Foi uma experiência única e importante.
Verdade. Mas era no mesmo estado. E, algumas horas de viagem depois, estava eu
na companhia da minha família.
Agora
é diferente. Não tenho mais a solidão como companhia, graças a Deus. Meu contexto
é outro. E a “lonjura” deixa um vazio maior em alguns dias mais que outros. Deixar
a vida como você conhecia (e achava que era) para reiniciá-la numa terra nova
não é a coisa mais simples de se fazer. É realmente desafiador. Você pensa até
que conhecia bem seus limites, mas não. Balela. O novo te mostra que podes ir
além.
Saudade
de casa e de tudo que pertencia ao seu mundo passa a ser uma companhia
constante. Dizer que você valoriza melhor tudo que tinha é chover no molhado. Vai
mais adiante do que pode supor a nossa vã filosofia. É interessante, pois quando
você se afasta de seu núcleo, certos fatos mudam de perspectiva, de uma forma
que você jamais esperaria e nem mudaria se não tivesse saído da sua zona de
conforto.
Daí
se descobre a quem compete sua essência, suas raízes e origens. Porque fala mais
alto e lá no fundo este seu real pertencimento.
Sim. é aí que a gente sente de onde é o que realmente faz falta. Muito bem colocado seu ponto de vista. Parabéns!
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