Oxégua, mano!
Que turminha massa!
Há um tempo atrás (quase
dois anos para uns, um ano ou meses para outros), aconteceu um encontro
maravilindo – maravilhoso com lindo – de uma professora com uma turminha
especial. Que no começo foram só estranhezas, eram palavras novas para todos.
Um tal de égua pra lá e acolá que, às vezes, virava um e-gu-ááá, um chiado no
jeito de falar, todo mundo era mano ou mana... Mas logo virou encantamento.
Foram tantas gargalhadas, lendas
contadas, histórias da infância ouvidas, lembrancinhas vindas do Norte. Veio o
“oxégua”. Aí o Pará e a Bahia se juntaram de vez. Você é responsável pelo o que
cativas, diz o famoso escritor. Foi o que aconteceu com a gente.E lá tinha cada
figura...
Uma menina que falava
baixinho, fofa, meiga e meio “Mimimosa”. Tinha outro super apaixonado por
caranguejo que sempre enrolava nos dedos seus cachinhos. Um outro guri lindo de
olhos azuis, fã de coxinhas e de contar história de seus cães ninjas. Uma linda
menina de cachos dourados que falava alto, afetuosa e esperta. Outra linda que
fazia uns deliciosos cookies e era fã de ajudar a professora dela. Outro que
adorava games e dinossauro e sempre ouvia, um “eras de ti”. Tinha um “Jão” que
dava altas gargalhadas na sala e contagiava todo mundo sempre com milhares de
cards do Pokémon e outro “Jão” apaixonado pelo Vitória, descolado e sabia muito
de tudo.
Uma linda moça que sentava
na frente, fazia cada desenho massa e tão bem-humorada. Outra bonita que fazia
tudo tão rápido que há quem diga que seja um robô, mas um amor de menina. Um
garoto de olhos astutos, que sempre falava “eu já ia dizer isso”, nosso
repórter-Batman. Um menino distraído de rosto formoso escondido numa vasta
cabeleira loura e que adorava desenhar em tudo que era papel. Uma garotinha de
sorriso solto, boa de flauta que me abraçava sempre que chegava na sala. Um
guri sorridente também que curtia teatro, comentava tudo da sala, nosso eterno
Juca.
Tinha um meio tímido, atleta
de judô, mas muito carinhoso que nem um gatinho, adorava me abraçar. Outro
rapaz pacífico e companheiro, mas tinha um medo danado de certas coisas, nosso
colega tão querido. Outro colega super sincero, de desenhos incrivelmente
criativos e me fazia rir sempre. Uma moça de sorriso leve, observadora, atenta,
sempre passava uma paz com sua delicadeza. E tinha ela: espevitada, ansiosa e
agitada, com o dom de passar para uma folha papel o que seu coração sente. Ah,
saudades também daquele nosso amigo pernambucano que adorava falar de tubarão.
Tempo voou e não vai parar
de voar. E todos esses nossos dias serão belas e valiosas lembranças, tesouros
da memória. Foi uma honra ter participado da vida de cada de um vocês. Agradeço
a Deus por isso. Se vocês acham que aprenderam algo comigo, obrigada. Mas
saibam que muito mais aprendi com vocês, meus churumelos e maricotinhas.
Com muito amor e carinho a
minha turma que já é inesquecível para mim.
Carinhosamente...
Professora Alexsandra
Oliveira Cordovil (Pró Ale).
Texto mais belo que fiz esse ano e dedico aos meus amadinhos que só me fizeram feliz nesses dois anos em que estivemos juntos
Sou só emoção agora ao postar isso.
Eles são um pouco de mim e, eu sou um pouco deles.
#postdenovembro