sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Oxégua, mano! Que turminha massa!


Oxégua, mano! Que turminha massa!

Há um tempo atrás (quase dois anos para uns, um ano ou meses para outros), aconteceu um encontro maravilindo – maravilhoso com lindo – de uma professora com uma turminha especial. Que no começo foram só estranhezas, eram palavras novas para todos. Um tal de égua pra lá e acolá que, às vezes, virava um e-gu-ááá, um chiado no jeito de falar, todo mundo era mano ou mana... Mas logo virou encantamento.

Foram tantas gargalhadas, lendas contadas, histórias da infância ouvidas, lembrancinhas vindas do Norte. Veio o “oxégua”. Aí o Pará e a Bahia se juntaram de vez. Você é responsável pelo o que cativas, diz o famoso escritor. Foi o que aconteceu com a gente.E lá tinha cada figura...



Uma menina que falava baixinho, fofa, meiga e meio “Mimimosa”. Tinha outro super apaixonado por caranguejo que sempre enrolava nos dedos seus cachinhos. Um outro guri lindo de olhos azuis, fã de coxinhas e de contar história de seus cães ninjas. Uma linda menina de cachos dourados que falava alto, afetuosa e esperta. Outra linda que fazia uns deliciosos cookies e era fã de ajudar a professora dela. Outro que adorava games e dinossauro e sempre ouvia, um “eras de ti”. Tinha um “Jão” que dava altas gargalhadas na sala e contagiava todo mundo sempre com milhares de cards do Pokémon e outro “Jão” apaixonado pelo Vitória, descolado e sabia muito de tudo.

Uma linda moça que sentava na frente, fazia cada desenho massa e tão bem-humorada. Outra bonita que fazia tudo tão rápido que há quem diga que seja um robô, mas um amor de menina. Um garoto de olhos astutos, que sempre falava “eu já ia dizer isso”, nosso repórter-Batman. Um menino distraído de rosto formoso escondido numa vasta cabeleira loura e que adorava desenhar em tudo que era papel. Uma garotinha de sorriso solto, boa de flauta que me abraçava sempre que chegava na sala. Um guri sorridente também que curtia teatro, comentava tudo da sala, nosso eterno Juca.

Tinha um meio tímido, atleta de judô, mas muito carinhoso que nem um gatinho, adorava me abraçar. Outro rapaz pacífico e companheiro, mas tinha um medo danado de certas coisas, nosso colega tão querido. Outro colega super sincero, de desenhos incrivelmente criativos e me fazia rir sempre. Uma moça de sorriso leve, observadora, atenta, sempre passava uma paz com sua delicadeza. E tinha ela: espevitada, ansiosa e agitada, com o dom de passar para uma folha papel o que seu coração sente. Ah, saudades também daquele nosso amigo pernambucano que adorava falar de tubarão.

Tempo voou e não vai parar de voar. E todos esses nossos dias serão belas e valiosas lembranças, tesouros da memória. Foi uma honra ter participado da vida de cada de um vocês. Agradeço a Deus por isso. Se vocês acham que aprenderam algo comigo, obrigada. Mas saibam que muito mais aprendi com vocês, meus churumelos e maricotinhas.


Com muito amor e carinho a minha turma que já é inesquecível para mim.
Carinhosamente...

Professora Alexsandra Oliveira Cordovil (Pró Ale).





        Texto mais belo que fiz esse ano e dedico aos meus amadinhos que só me fizeram feliz nesses dois anos em que estivemos juntos

Sou só emoção agora ao postar isso.

Eles são um pouco de mim e, eu sou um pouco deles. 
#postdenovembro